Depois de cinco livros lidos do autor Stephen King, descobri mais uma de suas capacidades da escrita; igual e diferente de todos os outros ao mesmo tempo, Mr Mercedes é o primeiro volume da trilogia Bill Hodges.
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INFORMAÇÕES TÉCNICAS:
ENREDO:
Bill Hodges, o protagonista da narrativa, é um detetive aposentado que atuou nos mais brilhantes casos durante seu tempo de serviço. No entanto, a maior de suas frustrações é não ter capturado o assassino do Mercedes. Esse, durante a madrugada, onde acontecia uma aglomeração em forma de fila, para a feira de empregos na cidade, apossou de um veículo Mercedes e atropelou a multidão.
Oito mortos, dentre eles uma mãe que carregava sua filha, são as motivações para a polícia buscar pela solução do acontecido. Dessa forma, ao não encontrar nenhum vestígio capaz de incriminar ninguém, o caso é arquivado.
Algum tempo depois, quando Bill já estava aposentado, receber uma carta do próprio assassino se vangloriando pelo crime que cometera, junto com uma série de insultos e arrogâncias, é suficiente para que o detetive aposentado abandone seus afazeres e dê inicio à caçado do misterioso Mr Mercedes.
OPINIÃO:
Esse é o tipo de livro que me instiga. Por nunca ter lido um thriller policial do autor, entrei de cara e com as expectativas nas nuvens. Confesso que não me decepcionei. Afinal, uma mistura da genialidade de King com um thriller bem explorado, são sinônimos de: falta de ar, perca de fôlego, raiva, ânsia e muitas frustrações.
O principal fator a ser levado em consideração que Stephen King, como de praxe, é a exploração do psicológico de todos os seus personagens, principais ou secundários.
Interessantemente, a narrativa é dividida em três: a visão das vítimas, do ex-detetive e o ponto de vista do assassino.
No início do livro, as vítimas do atropelamento são tomadas como personagens. Dessa forma, o autor explora seus psicológicos e intensifica o sentimento de repulsa pelo assassino.
O segundo observador, como foi dito, é o próprio investigador. Dessa forma, uma análise de suas frustrações, bem como a possibilidade de um suicídio nos são mostradas, bem como a investigação futura.
A mais interessante das narrativas é a observação do Mr. Mercedes. Você já cogitou descobrir os motivos que instigam o autor a cometer uma barbárie? Mais que isso, você já sentiu dó de um assassino? Em primeiro momento, é inimaginável responder SIM para qualquer uma dessas perguntas, mas acredite, King explora tão bem o sentimentalismo, que quando você ver, já se fez vítima do próprio autor.
Como mesmo os livros perfeitos têm erros, esse não é diferente. King é um gênio da escrita, mas pessoalmente, não considero os finais de seus livros criativos, baseando-se em seus feitios e em suas capacidades. A obra em questão não tem um fim demasiadamente surpreendente. Memo assim, não deixa de ser angustiante e envolvido pelo alto suspense. No demais, não é um fator que estraga sua expectativa de leitura. Muito pelo contrário, ele dá abertura para o segundo volume: Achados e Perdidos.
"Tragédias que não acontecem não passam de sonhos. As lembranças: elas sim são realidade." Página 377
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