De todos os livros cedidos por autores independentes em parceria com o blog, O Corvo negro remete a um gênero diferente dos demais. Um mundo fantástico surge no reino de Gor e convido você, leitor do blog para me seguir na análise do primeiro livro da Trilogia das Plumas.
Disponível em @bomdialivros. |
INFORMAÇÕES TÉCNICAS:
ENREDO:
O marco inicial da narrativa aborda a formação da amizade de Ukel, o protagonista, Merienir, uma elfa e Farem, um órfão que rouba em pequenas quantidades para sobreviver.
Durante uma reunião dos refugiados, que buscavam por apoio governamental resultado pelas péssimas condições de vida, os pais da jovem são mortos por um indivíduo vestido completamente de vestes negras - um corvo negro. Merienir então, entra para o time dos órfãos ao lado de Farem, que a convida para dividir sua moradia e seus alimentos.
Agora precisando roubar duas vezes mais, Farem é constantemente notado e Ukel é encorajado a auxiliar nesses furtos.
Anos depois, o trio Ponto (Ukel), Punho (Farem) e Flecha (Merienir), são os ladrões mais conhecidos e temidos da cidade. Causam temor e semeiam o pânico por onde passam. Até que em determinado dia, em determinada cobrança, Ukel é capturado e preso pela guarda real. Partindo desse momento, o jovem tem duas escolhas - trabalhar para o rei na colheita de impostos ou ser condenado pelos seus crimes.
A aventura no entanto, está longe de terminar. Cada uma das escolhas de Ukel refletirá em uma consequência com alto preço a se pagar. Resta a você, leitor, ser telespectador dessas escolhas referidas anteriormente.
OPINIÃO:
Fisicamente, o livro não deixa a desejar. Capa dura com uma mistura de excesso de cuidado e preparação para atender aos leitores mais exigentes. Um dos fatores mais impressionantes, a quantidade de páginas é logo esquecido em função da diagramação e dos capítulos pequenos. Essas, fazem com que a leitura seja excepcionalmente fluente e prenda o leitor a tal ponto de concluir a leitura em dois ou três dias. Vale ressaltar que o livro representa uma leitura simples. Nesses últimos dias, eu estava lendo livros muito pesados (em relação à narrativa). O Corvo Negro foi uma leitura que me tirou desses devaneios.
Para aqueles que gostam de uma profunda dose de ação e porcentagens ministradas de suspense, o livro não deixa a desejar. Constantemente perguntas são evidenciadas para instigar o leitor. Logo em seguida, surge a ação. Em mais de uma vez, é possível perceber que nem só palavras podem responder perguntas. Às vezes, gestos cumprem essa função com maestria.
Assim como o que foi dito no enredo, as escolhas de Ukel me surpreenderam por saírem do habitual. Essas, por sua vez, não são nada previsíveis e diferente do que costumamos ler nos livros do mesmo gênero.
Ademais, a narrativa é simples e fácil de acompanhar. Não apresenta amarrações mal feitas e nem enrolações. Fator esse que não faz com que os cenários sejam bem descritos. Muito pelo contrário, os cenários são bem abordados e apresentam tudo de forma clara e objetiva.
Infelizmente, um único fator que me deixou cabisbaixo foi o final. Não pelo rumo que se sucedeu, mas pela falta de uma conexão com o próximo volume da trilogia. Mas, podem ficar tranquilos, não é um fator que estragará a leitura e muito menos que interferirá na sua opinião em relação ao livro, já que fatos inseridos na narrativa ao decorrer do livro suprem a maior parte dessa necessidade.
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